segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

AL: Andrea Murad não participará mais de votações que atropelem o Regimento

andreaA deputada estadual Andrea Murad (PMDB) anunciou hoje (21) que não participará mais, na Assembeia Legislativa, de votações em que não seja respeitado o Regimento Interno da Casa.
A manifestação da peemedebista ocorre após a aprovação relâmpago do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2016.
Em texto distribuído pela assessoria, Andrea explica que o texto final do Orçamento, aprovado por unanimidade, mas sem a participação de nenhum dos quatro deputados de oposição, sequer foi publicado no Diário da AL.
“Aprovaram antes que as nossas emendas recebessem o parecer da Comissão de Orçamento”, protestou.
Abaixo, a íntegra da manifestação da parlamentar.
Não participarei mais de votações de matérias que não são submetidas ao rito previsto no Regimento Interno da Assembleia. Votações atropelando o RI, sem discussão, com pareceres verbais em plenário, passando por cima das comissões técnicas, local dos debates e discussões antes do voto em plenário, eu não participarei como forma de protesto.
Não aceitarei ser pega de surpresa por vontade do governo e por isso adotarei essa nova postura de não participar de votações fora do previsto no RI e os outros deputados deveriam fazer o mesmo, pois de outra forma estão jogando no lixo o Regimento no qual deveriam seguir. A votação do próprio orçamento do Estado, sequer, foi publicado no diário oficial e ainda aprovaram antes que as nossas emendas recebessem o parecer da Comissão de Orçamento. Atitude vergonhosa da Assembleia Legislativa do Maranhão e mais vergonhoso ainda são os deputados se submeterem a esse tipo de prática.
O domínio absoluto de Flávio Dino sobre o presidente da Assembleia, a quem respeito e sei que tem tentado ajudar os deputados contra a intransigência do governador – em vão diga-se de passagem – e o seu poder monárquico sobre a vontade dos deputados que o apoiam e que formam uma maioria de mais de dois terços dos deputados, transformaram o Poder Legislativo em mero apêndice do Executivo, tal qual uma secretaria de estado.
Exemplos dessa dependência são claros e de fácil percepção:
– o governador não permite que seus projetos tramitem normalmente conforme previsto no Regimento Interno para evitar o debate e a exposição de suas propostas, que muitas vezes são prejudicais ao nosso povo (como exemplo aumento de impostos etc.);
– os projetos de sua autoria são votados a toque de caixa, com pareceres em plenário e sempre sem respeito aos prazos e às condições necessárias para votação da matéria constante da ordem do dia;
O fato é que quando o interesse é do governador, a maioria e o presidente da Assembleia viram instrumento do desejo dele.
Por fim, o mais clássico exemplo da dominação: a emenda impositiva. Deputados contra suas próprias prerrogativas. Lamentável!

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