Os gastos secretos da Presidência da República, por meio dos cartões corporativos do governo federal, chegaram a R$ 14, 9 milhões no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, noticia Fabio Leite, na Crusoé.
O valor é o maior registrado pela Presidência desde 2014, quando as despesas protegidas sob sigilo no governo Dilma Rousseff foram de R$ 20,1 milhões.
Desde 1967, um decreto militar ampara a decisão de não divulgar as despesas da Presidência. Para especialistas, o segredo sobre as despesas não faz sentido e atenta contra o princípio da publicidade, um dos que norteiam a administração pública. “Manter o sigilo é incompatível com o princípio constitucional da publicidade e com o discurso do governo de combate à corrupção e controle de gasto público”, argumentou ela.
O pagamento com cartão corporativo do governo federal foi implementado em 2001, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A solução é interessante para se equacionar pequenos gastos, sem precisar recorrer a procedimentos licitatórios, reconhecidamente lentos e pouco eficazes. O problema é quando os chamados dispêndios secretos viram regra.
John Cutrim
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