sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aeroportos não ficarão prontos em 2014.



Caroline Aguiar de Brasília.

 


Nota técnica divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) traçou a situação preocupante em que se encontram os aeroportos brasileiros. De acordo com o estudo, dos 13 aeroportos que receberão investimentos para a Copa de 2014, dez correm o risco de não ficarem prontos para o evento.


O Ipea estimou que uma obra no Brasil demora 92 meses entre a elaboração do projeto e a finalização. Quatro terminais ainda estão em fase de elaboração do projeto: Manaus, Fortaleza, Brasília e Guarulhos. Mesmo os que já têm o projeto pronto não conseguiriam entregar as obras a tempo. O único que começou a reforma foi o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com previsão de entrega para setembro de 2012.

Foto: Sidney Murrieta/Ipea
Carlos Campos, coordenador de Infraestrutura Econômica
do Ipea, diz que obras em aeroportos levam até 92 meses

Para Carlos Campos, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, a situação é difícil de ser revertida. “Não conheço nenhum mecanismo que possa acelerar as obras numa proporção que resolva os problemas até 2014”, afirmou Campos.

Uma das saídas citadas foi o investimento de capital privado nos aeroportos brasileiros. No entanto, a aceitação e regulamentação dessa partilha demoram muito, o que inviabiliza uma solução até 2014.

“Mesmo que o capital privado seja aceito para a adequação da infraestrutura aeroportuária, o problema não estará resolvido no dia seguinte. Regularizar a situação patrimonial da Infraero e passar para ela os imóveis que pertencem à União e que abrigam aeroportos levaria três anos”, justifica o pesquisador.

Mas ele ressalta que esse processo deve começar logo. “Não é porque não resolverá o problema da Copa que o governo vai virar as costas para o capital privado. A aceitação e regularização dele devem começar logo para termos uma solução em longo prazo”, alertou.

Outras medidas sugeridas para acelerar as obras foram a melhoria da organização dos sistemas de licenças ambientais, fortalecimento técnico e institucional dos organismos da área, aumento de recursos do PAC e melhor integração entre Executivo, Advocacia-Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Congresso Nacional.



Foto: Sidney Murrieta.

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