![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOTniReODBP5h-_9RXzKPIEqdkilr9fBZiMPSMw4usHP1jIKhW9CrD2NREBNd7uMiO2MezhYx936jk853bNhJssypItXYsv8sO0yYoYY84XxLFkPpVaSyhnuroisC8lThrUBklBb4qiPc/s320/38tunngr%C3%A5ram.jpg)
Amar é possuir. Não mais que o gozo
quero. Não sei porque desejas tanto
escravizar-me; escravizar-te. Quanto
menos me tens, mais me terás. Gostoso
é ser-me livre, alegre, escandaloso ―
o peito aberto pra cantar meu canto;
os olhos claros pra ver todo encanto;
as mãos aladas, pássaros sem pouso.
Abre-me o corpo, vem dá-me o teu vale,
e a esconsa flor que ocultas hesitante,
pois o que falo o falo sem que fale
em tom de amor. Quero vaivém, espasmo ―
um corpo a corpo num só corpo palpitante,
dois no galope até o sol de um só orgasmo.
por Ildásio Tavares
fotografia de Garm
Nenhum comentário:
Postar um comentário