sábado, 20 de outubro de 2012

A última volta pela Avenida Brasil



Foi ao ar - agora a pouco - o último capítulo de Avenida Brasil, segundo a prévia, foram 51 pontos de média. No minuto a minuto, nos exatos 22:18, a trama conquistava 54,1 contra 2,7 do Sbt e 2,3 da Record, realmente: o Brasil parou para ver o desfecho de Carminha (Adriana Esteves) e de Nina (Débora Falabella). No twitter, não se falou em outra coisa, rolou emoção e muita brincadeira, #Carminhaviroucrente foi simpático, choca talvez! mas mostra que o público entendeu a redenção da grande vilã.
Por muitas vezes foi mencionado aqui, e no dia dezenove de outubro de um ano que muitos pensam ser aquele que dará fim a tudo, Carmen Lúcia entra para a lista dos memoráveis personagens da TV, estará lá, junto a Perpétua (Joana Fomm), Maria de Fátima (Glória Pires), Viúva Porcina (Regina Duarte), entre muitos outros. Merecido!
Adriana Esteves deu margem a endiabrada Carminha, a antológica Carminha, a bem humorada Carminha, a mal humorada Carminha.Adriana Esteves fez de Carminha um ser humano possível. Carminha fez de Adriana Esteves uma atriz sobrenatural. Dá pra imaginar outra Carminha que não a Adriana Esteves? Difícil, né? Dá pra imaginar a Muricy no lugar da Carminha? Mais difícil ainda. Pois é, mas era assim que deveria ter sido. Quando João Emanuel Carneiro escreveu o personagem, ele pensou em Eliane Giardini como a vilã mor. E para interpretá-la, na primeira fase da trama, o autor convidou Fabíula Nascimento, devido à semelhança com Eliane. Porém, como pudemos constatar, tudo mudou e fomos presenteados com o talento de Adriana Esteves no papel central. Melhor, impossível!  Mas para não deixar o "parentesco" entre Eliane e Fabíula passar batido, João Emanuel criou a cena em que Olenka se veste de Muricy pra conquistar Adauto. 
Morte do Max: Todo mundo deu sua cota de pancada no Max, tadinho. Até a Janaína deu uma raladinha no braço do malandro com a faca da Lucinda. Emocionante ao extremo a cena de Carminha tentando convencer o ex-amante. Pesada mesmo foi a pancada que o pobre do Max levou. Espirrou sangue pra tudo que é lado. Produção muito bem feita, é isso que traz emoção à cena. 
Tufão: Murilo Benício em seu melhor momento, bem aquém do já lendário Dodi de A Favorita. Gostei mesmo! Outro no lugar poderia fazer desandar tudo, foi glorioso e as cenas de pai & filho com o Jorginho (Cauã Reymond, sempre mais ou menos) vai ficar para sempre na minha memória.
Nina: a carreira de Débora Falabella pode se dividir em antes de Avenida Brasil e depois de Avenida Brasil. Aliás, todas as novelas podem se dividir dessa forma. Mas Nina é o divisor de águas para Débora, afinal! as mocinhas das novelas são sempre ridicularizadas, Nina era forte! e tinha um montão de defeitos, muitos muitos. 
Mas o último capítulo foi dela, de Adriana Esteves. Carminha teve muitos momentos ternurinha, não teve como não chorar, foi lindo. O reencontro de Nina e Carminha emocionou, contagiou, fez a gente rir, fez a gente entender que o único antídoto contra o ódio é o perdão, era o que o autor queria passar, e claro, conseguiu. Muitas palmas pra toda a produção, em especial a queridíssima Amora Mautner, que eu vi debutar na TV, como atriz, na novela Vamp, 1991. Não deu certo como intérprete, mas que diretora virou essa mulher. Uma vencedora.
Foi minha última passagem pela Avenida Brasil, e estou cá, muito grato a todo mundo que participou dessa obra prima. 

(Já bateu a saudade, ♥)
Mr. TV

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