quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Curiosidade sobre sexo na Idade Média





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Dez curiosidades sobre sexo na Idade Média 




Por: As Flores da Malva

 
Tapeçaria medieval
Não é muito fácil falar da sexualidade na Idade Média, em parte porque o controle de igreja forçou o assunto a ficar “oculto” – o que implica em dificuldade de levantar material fora da literatura ou dos documentos clericais. Assim, temos duas abordagens: a oficial, da repressão e do pecado, e a informal, de como as pessoas deram o seu jeitinho. A maior parte do que segue foi retirado de “A História da Vida Privada”, de Duby e Ariès.
Posts anteriores da série:
> Dez curiosidades sobre sexo na Grécia Antiga
> Dez curiosidades sobre sexo na Roma Antiga
Corpo, território do pecado
Para a igreja, o gozo físico na Idade Média não tinha nada a ver com um prazer racional; era considerado uma força incontrolável, um furor. O corpo feminino era considerado mais suscetível ao pecado e à corrupção, necessitando da vigilância maculina. Não se costumava ficar completamente nu, nem para fazer sexo.
Bendito o fruto entre as mulheresO centro de uma casa nobre era um casal procriador, cercado de filhos solteiros, parentes e agregados. Porém, o adultério era comum nas famílias nobres e a poligamia era praticada e até admitida. Segundo a literatura, numa casa repletas de irmãs, sogras, tias, primas, cunhadas e outras parentas, só podia rolar incesto. Muitas seriam bastardas (filhas do senhor ou de tios cônegos) e as mais ativas acabavam gerando outras concubinas.
 Lua-de-mel antecipada
A noite de núpcias poderia acontecer antes da cerimônia oficial do casamento (mas isso não era regra geral), porque os noivos já estavam comprometidos pelodesponsatio, a partir do qual a noiva se tornava responsabilidade do marido e se mudava para o novo lar.
King size é fichinha
Um único leito não servia apenas ao casal, mas também a filhos, irmãs e irmãos, amigos, criados a serviço de um mesmo senhor e até desconhecidos, se calhasse. Ou seja, era cama famliar e não de casal, o que causava grandes preocupações morais. Cortinas podiam isolar a área destinada ao senhor. Quem tinha mais riqueza e poder, mantinha seus criados íntimos numa caminha à parte ou num quarto vizinho.
Quarto das damas
As mulheres de uma casa viviam confinadas e vigiadas, encerradas no quarto das damas, onde estavam sempre ocupadas para não pensarem em bobagem. O senhor tinha acesso a este quarto, para uma espécie de relax. Pensou em sacanagem? Que nada. Elas faziam cafuné e tiravam-lhe piolhos, por exemplo. Outros homens podiam entrar para divertimentos como canto e leitura, mas somente se fossem escolhidos pelo dono da casa. À prova de sexo, porém, o quarto das damas não era: rolava entre as mulheres mesmo.
Sem dar bandeira
Encontros amorosos e sexuais aconteciam no meio dessa balbúrdia familiar vigiada, mas a regra era a discrição absoluta, porque a preocupação com a honra do senhor era a grande obsessão e dependia do comportamento da mulherada da casa. O que rolava era escondidinho, nos cantos, no porão, no celeiro, no pomar…
Desonra que vem a calhar
Um escândalo poderia ser bem vindo, porém, quando um homem queria se livrar de uma esposa infértil ou quando havia risco de uma irmã reclamar herança, por exemplo. Daí, a malfeitora era denunciada pelo dono da casa, expulsa, castigada e até mesmo queimada viva.
Raptada, pero no mucho
O rapto de solteiras ou casadas era corriqueiro até o século XII. Frequentemente, era feito com a concordância da mulher ou instigado por ela. Tratava-se de um modo de fazer valer a vontade dos pombinhos contra um casamento arranjado ou um meio de uma mulher se livrar de um marido que a maltratava. Havia muito de encenação e ritual no rapto; posteriormente, a união era aceita como fato consumado. Exemplo: Eleonor de Aquitânia, mãe de Ricardo Coração de Leão, era casada com o rei de França; foi sequestrada por Henrique Plantageneta, e o casal reinou na Inglaterra.
Preliminares medicinais 
Lá pelo século XV, os médicos italianos relacionavam a boa gravidez ao desejo da mulher e recomendavam que os homens caprichassem nas preliminares para que fossem “desejados ardentemente”. Recomendavam que tocassem as esposas “com a boca, com as mãos”. Na mesma época, a sodomia conjugal difundiu-se amplamente entre as cidades toscanas.
Cabeleira obrigatória, porém coberta
Os cabelos longos eram obrigatórios para as mulheres; porém, como as longas madeixas tinham grande poder erótico, deveriam sempre ser trançadas. Além disso, todas as mulheres que não fossem prostitutas, nem meninas ou que se arriscassem a sair à rua, bem como as casadas quando saíam do quarto, deveriam cobrir as tranças com touca.

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