Um dia depois de o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), fazer um gesto de aproximação da deputada estadual Eliziane Gama (PPS), pré-candidata ao Governo do Estado pela "Via Alternativa" (reveja), ontem foi a vez de Ribamar Alves (PSB) reforçar a tese dos que vêem nos últimos movimentos um distanciamento entre os socialistas e o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).
Na mesma entrevista concedida ao titular deste blog e na qual atribuiu a si a responsabilidade pela eleição de Edivaldo Júnior (veja post abaixo), o socialista também denota que o apoio ao comunista depende de muita conversa e de muita articulação nacional.
A proximidade que houve entre os socialistas e o grupo mais ligado a Dino nas eleições de 2012 não pressupõe uma aliança. “Nós não podemos nos atrelar a nenhuma candidatura”, defende Ribamar Alves.
Segundo ele, o "momento de 2014" será decisivo para a escolha dos rumos do PSB. “O Flávio Dino é um bom quadro, mas toda eleição é uma eleição. O momento hoje é de Flávio Dino, precisamos ver como é que vai ser o momento de 2014. Temos tido contato com ele, mas temos tido contato também com outras lideranças do Maranhão, porque o PSB é um partido que está hoje como um charme no Brasil inteiro. O apoio a Flávio Dino ou a qualquer candidato ainda não foi discutido internamente, portanto nenhum membro do partido pode se atrever a dizer que o partido vai com A, B, ou C porque isso não é verdade”, completou.
O próprio Dino já afirmou que considera “normal” as reuniões “entre lideranças políticas”, mas os últimos gestos dos aliados do ano passado pressupõem um afastamento.
Rocha e Eliziane
No caso da reunião entre Roberto Rocha e Eliziane Gama alguns analistas entendem o ato como um recado do vice-prefeito – aparentemente isolado na Prefeitura – a Flávio Dino.
Roberto Rocha nega, e diz que o fato de um possível afastamento agora não significa que a oposição não esteja unida. “É possível que daqui para as próximas convenções, que se darão apenas em junho de 2014, a gente esteja caminhando no mesmo caminho. Mas é da política que as forças partidárias encontrem o momento para se juntar. Se não acontece muitas vezes no primeiro turno, seguramente acontece no segundo turno”, completou.
Por: Gilberto Léda