sábado, 3 de agosto de 2013

SAÚDE PÚBLICA DEFICIENTE É PROBLEMA DE PLANEJAMENTO E DE GESTÃO: 01 MÉDICO PARA 5 MIL PESSOAS - VERGONHA



A criança está com 40 graus de febre. A mãe está desesperada, mas a cidade não tem médico. Para onde vão? Essa cena é comum para a vendedora Juliana Santos, 30 anos, que trabalha em uma farmácia em Cristópolis, Oeste baiano.
“A gente vê o desespero da família quando uma criança está tendo convulsão, ou do filho que vê o pai sentindo dor”, conta Juliana. Cristópolis é uma das nove cidades da Bahia onde não há médicos, segundo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos Médicos (Cnes). 
 Até o final de maio, 100 municípios do estado tinham um índice de até 0,2 médico para cada mil pessoas (ou 1 para cada 5 mil). Este é o mesmo índice do Afeganistão.

O país do Oriente Médio está em guerra há 12 anos e tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,398, ocupando o 172º lugar no ranking do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Já o Brasil, o 84º lugar, tem IDH de 0,718.

 Sem guerra, mas vulneráveis, os 13.280 moradores de Cristópolis apelam para o que têm: vale procurar até os funcionários da farmácia. “Se for febre, a gente vê o peso e dá as gotas de dipirona (sódica). A gente ajuda como pode, para não colocar em risco a vida da pessoa”, explicou Juliana.

 Mas se a ajuda e a experiência não forem suficientes é preciso encarar uma viagem de quase uma hora até Barreiras. O CORREIO procurou a Secretaria da Saúde de Cristópolis, mas ninguém atendeu as ligações.

Nenhum comentário:

http://omaiordomundobr.blogspot.com.br/2017/03/governo-do-maranhao-bolsa-escola.html