roseana_arnaldoEm meio às articulações que podem levar a uma eleição indireta no Maranhão, há, sim, uma possibilidade de o comando do Governo do Estado passar às mãos da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Cleonice Freire.
E essa possibilidade é, em última instância, a única saída para que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), escape da armadilha em que se metera caso a governadora Roseana Sarney (PMDB) renuncie ao mandato às vésperas do prazo fatal - dia 5 de abril - e ainda consiga reunir as condições para eleger o secretário de Estado de Infraestrutura Luis Fernando Silva (PMDB) por voto indireto.
Nesse cenário - diga-se de passagem o sonhado pelo Palácio dos Leões -, Arnaldo Melo estaria obrigado a assumir o Governo do Estado por 30 dias, o que o tornaria inelegível para um tentativa de reeleição como deputado. Como - ainda no cenário hipotético - Luis Fernando estaria eleito, a carreira política do presidente da Assembleia estaria terminada.
É nesse ponto, no entanto, que a saída pode ser a passagem do comando do Executivo para o Judiciário.
Se recebesse a incumbência de governar o Estado pouco antes do dia 5 de abril, Melo não precisaria necessariamente passar os 30 dias no cargo. Ele poderia renunciar ainda antes do prazo fatal e, como o poder já haveria passado pelo Legislativo, a presidente do TJ assumiria o "fardo", com o presidente da AL livre para tentar sua reeleição.
Mas esse (nunca é demais frisar) é apenas um cenário hipotético...

Por Gilberto Léda