Segundo Edwards, o misterioso assassino é Aaron Kosminski, um imigrante judeu da Polônia, que trabalhava como barbeiro em Londres. A verdadeira identidade de Jack, o Estripador, cujos assassinatos aterrorizaram as favelas escuras de Whitechapel, no leste de Londres, em 1888, foi um mistério por mais de 120 anos, com dezenas de suspeitos, que incluíram a realeza, os primeiros-ministros e até sapateiros.
A prova material que confirma a hipótese veio de um exame de DNA extraído de um xale recuperado da cena de um dos assassinatos. A amostra coincidiu com o material genético de parentes da vítima e de um dos suspeitos.
Edwards, um empresário interessado na história do estripador, comprou o xale ensanguentado em um leilão em 2007. A história diz que o objeto veio da cena do assassinato da quarta vítima de Jack, Catherine Eddowes, em 30 de setembro de 1888.
Com a ajuda do Dr. Jari Louhelainen, especialista em biologia molecular, Edwards usou técnicas pioneiras para analisar o DNA do xale durante três anos e meio.
Eles foram comparados com o DNA de Karen Miller, uma descendente direta de Eddowes, confirmando que seu sangue estava no xale.
Com a ajuda de genealogistas, Edwards descobriu um descendente de Kosminski através da linha feminina, que ofereceu amostras de seu DNA.
Alguns têm dúvidas sobre as descobertas de Edwards. A pesquisa ainda não foi publicada em uma revista científica, ou seja, as alegações ou a metodologia analisada não podem ser verificadas de forma independente.
O professor Alec Jeffreys, que inventou a técnica de DNA fingerprinting há 30 anos, foi chamado para uma verificação posterior.
– Uma reivindicação interessante, mas notável que precisa ser submetida a revisão, com análise detalhada da proveniência do xale e da natureza do DNA. Nenhuma evidência real ainda foi fornecida – disse Jeffreys ao jornal The Independent.
Toda a história e os bastidores da investigação que revelaria a identidade do vilão mais famoso do mundo fazem parte do livro Identificando Jack, o Estripador, que será lançado por
Edwards, nesta terça-feira, na Inglaterra.
*Zero Hora com informações da AFP

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