O governador Flávio Dino (PCdoB) parece ter uma ideia fixa: desde que assumiu o poder no Maranhão, tenta acabar – ou diminuir ao máximo – as referências elogiosas a qualquer um dos seus adversários políticos.
Iniciou desde janeiro uma cruzada pela retirada de nomes de pessoas vivas de prédios públicos.
Avoca para isso, acertadamente, a Constituição Federal. Mas peca pela “miopia” proposital.
Já retirou de escolas os nomes de “ditadores”, apoia aliados que querem tirar o nome de José Sarney de uma ponte em São Luís e, agora, anuncia que em cumprimento a recomendação da Procuradoria da República em Caxias e Bacabal, assinou decreto que determina a ocultação ou remoção de inscrições com nomes de pessoas vivas em prédios públicos sob administração ou pertencentes ao Poder Executivo do Estado do Maranhão.
Nem vou entrar no debate sobre o fato de que, se é inconstitucional, nem de recomendação precisaria. Mas essa é uma marca desse governo: escorar-se nos outros (ou em exemplos de terceiros) para tomar decisões.
Resta saber se o ímpeto anti-personalista do governador Flávio Dino atingirá, também, a Rua Sálvio Dino, em Imperatriz, e, ainda, a Praça Nauro Machado – esta recém reinaugurada por… Flávio Dino.
Duvido.
Por Gilberto Léda
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