(Foto: Reprodução/Uol)
Desde que o deputado estadual Adriano Sarney (PV) sugeriu que se instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de que o Estado tem acordo com facções em Pedrinhas , setores governistas entraram em polvorosa no Maranhão.
Há pelo menos dois dias não se fala em outra coisa nas hostes comunistas.
Como que na tentativa de gerar algum receio no oposicionista Adriano Sarney, a tática agora é sugerir que a abertura da CPI de Pedrinhas seria “um tiro no pé”, porque acabaria por investigar, também, as barbáries ocorridas no sistema penitenciário maranhense no ano de 2014, quando Roseana Sarney (PMDB), tia do parlamentar, era a governadora.
Percebe-se logo, diante de tão tosco argumento, que os governistas não querem seriedade nesse tipo de investigação. Preferem transformar mais esse debate em um Vasco x Flamengo político.
Ora bolas…
E daí se a investigação abarcar crimes de 2014? Qual o problema que há nisso?
Que se investigue, então…
Se fossem sérios, os aliados do Palácio dos Leões já teriam abraçado de vez a proposta, para investigar tudo mesmo, desde 1900, se for o caso. Porque só quem ganha com o desbaratamento da rede de corrupção que se denuncia existir em Pedrinhas é a população.
Em última instância, é ela quem tem sofrido, aqui fora, com os desmandos ocorridos lá dentro.
Adriano Sarney já disse que topa. “Apoio CPI de Pedrinhas hoje e ontem. Por que não?! Se a CPI de Pedrinhas envolver também o ano de 2014 vamos finalmente descobrir quem estava por trás das rebeliões”, declarou.
Gilberto Léda
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