O presidente Jair Bolsonaro montará um gabinete especial no Hospital Israelita Albert Einstein , em São Paulo, para seguir despachando com sua equipe mesmo durante a recuperação da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia. O procedimento está marcado para a próxima segunda-feira e a previsão é que o presidente fique dez dias no hospital. A informação é do porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros.
Os ministros deverão ir a São Paulo para despachar pessoalmente com o presidente. Com isso, o vice-presidente Antonio Hamilton Mourão, não deve assumir a Presidência durante a recuperação. A Casa Civil informou que o vice só assumirá a Presidência enquanto Bolsonaro estiver inconsciente durante a cirurgia. Mourão está no comando do país desde domingo à noite , quando Bolsonaro viajou para participar do Fórum Mundial Econômico em Davos, na Suíça.
O presidente tem chegada prevista a Brasília na manhã de sexta-feira. No domingo, ele embarca para São Paulo para fazer os exames pré-cirúrgicos.
Bolsonaro será operado pela equipe do cirurgião Antonio Luiz Macedo. Esta será a terceira intervenção cirúrgica a que ele será submetido após ter sofrido um ataque a faca no início de setembro, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O novo procedimento é considerado mais simples que os anteriores.
Após o ataque, o então candidato foi operado às pressas na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, o que teria evitado a morte dele após a perda de 40% do sangue do corpo. No dia seguinte, Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein, onde passou por uma nova cirurgia para a desobstrução do intestino.
Desde que teve alta no dia 29 de setembro, o presidente eleito tem o acompanhamento de um enfermeiro em tempo integral. Por três vezes, recebeu em sua casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, a visita dos médicos.
(O Globo)
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