Demitido das urnas, Eunício Oliveira abriu o saco de maldades nos últimos dias de mandato de senador, usando um dos poucos poderes que lhe restam: determinar que senador vai para qual gabinete.
A maior vítima foi Eduardo Girão, do PROS do Ceará, que o derrotou em outubro na disputa pelo Senado. A uma semana de assumir, Girão ainda não tem onde sentar. Está despachando na base do favor na sala de José Medeiros, do Podemos do Mato Grosso. Os dois trabalham no mesmo ambiente. Girão tem penado nas mãos de Eunício.
Primeiro, porque, embora já estivesse tudo acertado para que Girão fosse para o gabinete do não-reeleito Magno Malta, bem localizado, Eunício não topou e deu o espaço para outro senador.
Eunício destinou a Girão a mal localizada sala de Sérgio Petecão, do PSD do Acre, que conseguiu trocar para um gabinete melhorzinho: o atual espaço ocupado por Edison Lobão, outro demitido das urnas e amigo de fé de Eunício.
Só que Lobão quer ocupar o aposento até o último dia. Resultado: Girão que se aguente com José Medeiros.
Outra presenteada por Eunício foi Eliziane Gama, que recebeu dele a promessa de ter o espaçoso gabinete de Cássio Cunha Lima. Mas Cid Gomes foi mais rápido e tomou conta do lugar. Gama está batendo o pé: ainda tem esperança de conseguir um espaço melhor.
“À altura do que foi determinado em documento pelo presidente Eunício”, avisa um assessor de Gama.
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