O Globo


Os investigados compravam obras de arte de valor expressivo com a realização de pagamento de quantias ‘por fora’, de modo que não ficassem registrados os reais valores das obras negociadas. Tanto o comprador quanto o vendedor emitiam notas fiscais e recibos, mas declaravam à Receita Federal valores menores do que aqueles efetivamente praticados nas transações. Foram encontradas diferenças de 167% a 529% entre valores declarados ao Fisco e os de mercado, praticados por integrantes do grupo criminosos nos leilões em galeria de arte.
Parte do acervo que foi apreendido pela Polícia Federal, durante a Operação Lava Jato, em janeiro de 2021 — Foto: Reprodução
Em operação anterior, chamada Galeria, também foram encontradas, na residência de Márcio Lobão, obras de arte que apresentavam variações entre o preço de aquisição declarado e o valor de mercado de até 500%. Ele é casado com a Martha Lobão, filha do falecido advogado Sérgio Fadel, um dos maiores colecionadores do país. Márcio chegou a ser preso, durante a 65ª fase da Lava Jato, mas foi solto em seguida.
Também segundo a investigação, um dos suspeitos comprou, em 2007, um apartamento de alto padrão em São Luis por R$ 1 milhão, pago em espécie e vendido por R$ 3 milhões, em menos de dois anos. A valorização do imóvel, porém, não correspondente às condições do mercado imobiliário da época.
Nenhum comentário:
Postar um comentário