quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Josimar deve prestar novo depoimento hoje em ação no STF


 

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) deve prestar, nesta quinta-feira, 25, novo depoimento no processo em que ele e o deputado Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE) são acusados de desvio de emendas parlamentares. Em seu primeiro depoimento, em 28 de agosto, Josimar optou por permanecer em silêncio, alegando que sua defesa não teve acesso completo às provas. Agora, após a liberação dos documentos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Cristiano Zanin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o novo interrogatório.

Segundo a denúncia da PGR, os parlamentares são acusados de solicitar R$ 1,6 milhão em propina em troca da destinação de R$ 6,6 milhões em emendas para o município de São José de Ribamar (MA). As investigações da Polícia Federal revelaram documentos e trocas de mensagens entre os envolvidos, indicando que Josimar teria coordenado o envio das emendas e dividido a participação com os demais acusados. A apuração também aponta que o valor da suposta propina corresponde a cerca de 25% do montante total das emendas.

A PGR sustenta que Josimar era o líder do esquema, tendo articulado com Pastor Gil e Bosco Costa a indicação das verbas. Conversas por WhatsApp mostram Josimar orientando a inclusão de São José de Ribamar entre os municípios beneficiados e detalhando valores a serem destinados. Os recursos, segundo a Procuradoria, foram liberados entre dezembro de 2019 e abril de 2020, em três parcelas distintas.

A denúncia ainda menciona o envolvimento de Josival Cavalcante da Silva, conhecido como Pacovan, que teria sido o responsável por cobrar o suposto suborno do então prefeito da cidade, Eudes Sampaio. Mensagens mostram Pacovan pedindo que Josimar encaminhasse detalhes das emendas para facilitar a cobrança. Apesar das evidências, o ex-prefeito não confirmou o pedido de propina durante seu depoimento, e a tentativa de cobrança teria sido frustrada.

O caso será julgado pela Primeira Turma do STF, agora presidida pelo ministro Flávio Dino, que já teve alianças políticas com Josimar no Maranhão. Em março, o Supremo aceitou por unanimidade a denúncia contra os parlamentares, que são acusados de corrupção passiva e organização criminosa. Todos os envolvidos negam as acusações. Josimar e Gil também apoiaram a chamada PEC da Blindagem, que dificulta a responsabilização judicial de parlamentares e amplia o foro privilegiado.

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