O ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu pôr um freio, ao menos por ora, nas articulações para lançar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao Palácio do Planalto em 2026. O ex-mandatário, segundo aliados, colocou a culpa pela decisão em caciques do Centrão.
O freio na articulação para lançar Tarcísio como seu candidato à Presidência foi acertado por Bolsonaro durante o encontro com o governador paulista na segunda-feira (29/9), em Brasília. O ex-presidente recebeu o aliado em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar.
Após a conversa, Bolsonaro chegou a dizer a dois aliados ter “batido o martelo” de que Tarcísio não disputará o Planalto. Segundo relatos, o ex-presidente culpou caciques do Centrão, os quais, na avaliação dele, estariam ajudando Lula a se reeleger, ao aprovar medidas “populistas”.
Entre essas medidas, estariam o projeto que aumenta a faixa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, aprovado pela Câmara na quarta-feira (1º/10), e a medida provisória (MP) que garante ampliação da tarifa social da conta de luz para famílias do Cadastro Único.
Apesar de ter suspendido a articulação sobre Tarcísio por ora, Bolsonaro evitou revelar a aliados quem seria seu outro “plano B” para o Planalto em 2026. O discurso público do ex-presidente continuará sendo o de que ele próprio será o nome da direita, embora esteja inelegível.
Centrão vê freio de Bolsonaro como estratégia
No Centrão, o freio de Bolsonaro em relação a Tarcísio foi visto como uma estratégia para tirar o aliado da linha de tiro — sobretudo de Lula, que vê o governador como seu adversário. A decisão também permite ao ex-presidente manter os demais presidenciáveis da direita em sua órbita.
A aposta entre caciques de partidos de centro é a de que Bolsonaro aguardará mais uns meses para anunciar Tarcísio como seu candidato ao Planalto no próximo ano. O Centrão, porém, torce para que esse anúncio ocorra o mais rápido possível. De preferência, até o fim de 2025.
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