Quase 24 horas depois de Malu Gaspar ter revelado que Alexandre de Moraes procurou por telefone e pessoalmente o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para tratar de assuntos do Banco Master, que tinha um contrato de R$ 129 milhões com sua mulher, Viviane Barci, o ministro se pronunciou sobre o caso.
Numa sucinta nota oficial de 97 palavras, Moraes preferiu não responder diretamente ao que foi publicado ontem. O ministro do STF sobretudo não negou que tivesse conversado com Galípolo sobre o Master.
Tergiversou. Ignorou o que era relevante explicar.
“Esclareceu” — este foi o verbo foi usado por ele na nota — que reuniu-se com Galípolo em virtude da aplicação da Lei Magnistiky. E só.
Moraes também não aproveitou a chance para esclarecer, para repetir o verbo usado por ele, o que quer que seja sobre o contrato de Viviane com o Master, que previa a defesa do banco em casos que viessem a ser instaurados no BC, Receita Federal, Cade, MPF e Congresso Nacional.
Eis a íntegra da nota:
“O ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Bradesco e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.” (O Globo)

Nenhum comentário:
Postar um comentário