terça-feira, 12 de julho de 2011

Lesão para todos os lados.



Por Flávio Dilascio Rio de Janeiro
Pimentel, jogador do Vasco de showbol (Foto: Flávio Dilascio/SporTV.com)
Pimentel sofreu torção no tornozelo na semifinal do
Carioca de showbol (Foto: Flávio Dilascio/SporTV.com)
Destaque do Flamengo, campeão carioca de showbol, e da seleção carioca, vencedora do Torneio de Seleções, Djalminha sofreu para participar das duas competições, por conta de uma inflamação no nervo ciático. A contusão é um episódio esporádico na vida do camisa 10 rubro-negro, que, assim como a maioria dos ex-atletas, sofrem para voltar a praticar atividades físicas em alto nível, após encerrarem suas carreiras nos gramados.


No último Campeonato Carioca de showbol, as baixas por contusões foram a tônica de praticamente todas as equipes. Compostos essencialmente por ex-jogadores, os times tiveram de se virar para conseguir substitutos para os lesionados, que padecem pelo simples fato de serem ex-atletas profissionais.
- Quando você para de jogar futebol profissional, você perde aquele ritmo habitual de treinos, jogos e preparação física, o que te deixa mais exposto a se machucar - afirma Djalminha, que vem tratando de sua lesão com fisioterapia.


 Desde que encerrei a minha carreira profissional (2004), mantenho a forma frequentando academia três vezes por semana e jogando futevôlei esporadicamente. Essa preparação, porém, é bem modesta se comparada à vida de jogador profissional - completa ele.
Apesar da conquista do Carioca, o Flamengo teve diversas baixas por contusão durante a competição.


 Além de Djalminha, Marquinhos, Emerson, Nélio, Piá e Fabinho também se machucaram, desfalcando o time em alguns momentos. Semifinalistas do torneio, Vasco e Fluminense também tiveram desfalques por ordem médica. Logo na primeira rodada, o Tricolor perdeu Valber, que se lesionou e passou a cumprir apenas a função de técnico. Na última rodada do primeiro turno, Djair também se machucou e não pôde ajudar o time na semifinal, quando foi derrotado pelo América.

djalminha no torneio de futevolei na praia (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)
Djalminha usa o futevôlei como atividade para manter a forma (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Eliminado pelo Flamengo na outra semifinal, o time da Colina não contou com Pedrinho na partida que decretou sua despedida do torneio. Destaque vascaíno, o jogador sentiu uma contusão na cervical no fim da primeira fase e nem foi para o jogo. Ainda na fase inicial, Mário Tilico foi outro a se contundir, não podendo disputar o restante da competição.


 Na semifinal, Pimentel também se machucou, tendo de ser substituído no restante da partida. O problema do jogador foi uma torção no tornozelo.
- Torci o tornozelo em uma jogada corriqueira e acabei tendo que ser substituído. Quando comecei a jogar showbol, achei que seria uma atividade simples, mas não é nada disso.


 É um jogo que nos exige muito e, por isso, tenho feito uma preparação específica para as competições - diz Pimentel, antes de detalhar melhor o seu treinamento: - Frequento academia habitualmente umas duas ou três vezes por semana e intensifico um pouco o trabalho quando as competições se aproximam. Aqueles jogadores que estão parados e não se preparam para o showbol sofrem muito quando entram em quadra - completa ele.


Exercícios na cama elástica podem ajudar
Para o ortopedista Ricardo Cury, membro da Sociedade Brasileira de Traumatologia Esportiva e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, exercícios como cama elástica e corridas e caminhadas em terrenos irregulares podem ser fundamentais para evitar lesões em atletas com as características dos jogadores de showbol.

Fluminense no showbol valber (Foto: Divulgação)
Valber disputou apenas uma partida no Carioca por
conta de uma lesão (Foto: Divulgação)
- Quando estes jogadores não fazem um trabalho de base e não estão com um condicionamento físico adequeado, eles ficam mais suscetíveis a lesões, principalmente musculares, articulares, nos ligamentos dos joelhos e nos meniscos. Um bom trabalho de base ajuda a previnir isso. Esse treinamento tem que estimular a instabilidade física em ambientes seguros, como cama elástica e a corrida em terreno irregular.


Criando situações como essa, o atleta está mais preparado para enfrentar situações de dificuldade física durante a partida, além de ficar com a reação mais rápida.
Além da parte muscular, os atletas também devem atentar à parte cardiorespiratória, como sugere o coordenador do serviço de cardiologia e da emergência cardiológica do Hospital Balbino (RJ), Ruy de Souza Barbosa Júnior.


 Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Hipertensão, ele alerta que ex-jogadores profissionais não estão livres de patologias do sistema cardiovascular.
- O fator de risco sedentarismo, mesmo após anos de atividades físicas ou esportes em alto nível, traz ao sistema cardiovascular consequências como a hipertensão arterial, dislipidemia e aterosclerose - afirma ele, que indica atividades aeróbicas como melhor forma de treinamento cardiovascular.


As atividades aeróbicas são as de maior benefício ao sistema cardiovascular. O atleta deve buscar atividades semelhantes às desenvolvidas durante a sua carreira esportiva, o que contribuirá para a manutenção das atividades físicas do indivíduo.





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