Pimentel sofreu torção no tornozelo na semifinal do
Carioca de showbol (Foto: Flávio Dilascio/SporTV.com)
Destaque do Flamengo, campeão carioca de showbol, e da seleção carioca, vencedora do Torneio de Seleções, Djalminha sofreu para participar das duas competições, por conta de uma inflamação no nervo ciático. A contusão é um episódio esporádico na vida do camisa 10 rubro-negro, que, assim como a maioria dos ex-atletas, sofrem para voltar a praticar atividades físicas em alto nível, após encerrarem suas carreiras nos gramados.Carioca de showbol (Foto: Flávio Dilascio/SporTV.com)
No último Campeonato Carioca de showbol, as baixas por contusões foram a tônica de praticamente todas as equipes. Compostos essencialmente por ex-jogadores, os times tiveram de se virar para conseguir substitutos para os lesionados, que padecem pelo simples fato de serem ex-atletas profissionais.
- Quando você para de jogar futebol profissional, você perde aquele ritmo habitual de treinos, jogos e preparação física, o que te deixa mais exposto a se machucar - afirma Djalminha, que vem tratando de sua lesão com fisioterapia.
Desde que encerrei a minha carreira profissional (2004), mantenho a forma frequentando academia três vezes por semana e jogando futevôlei esporadicamente. Essa preparação, porém, é bem modesta se comparada à vida de jogador profissional - completa ele.
Apesar da conquista do Carioca, o Flamengo teve diversas baixas por contusão durante a competição.
Além de Djalminha, Marquinhos, Emerson, Nélio, Piá e Fabinho também se machucaram, desfalcando o time em alguns momentos. Semifinalistas do torneio, Vasco e Fluminense também tiveram desfalques por ordem médica. Logo na primeira rodada, o Tricolor perdeu Valber, que se lesionou e passou a cumprir apenas a função de técnico. Na última rodada do primeiro turno, Djair também se machucou e não pôde ajudar o time na semifinal, quando foi derrotado pelo América.
Djalminha usa o futevôlei como atividade para manter a forma (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)
Eliminado pelo Flamengo na outra semifinal, o time da Colina não contou com Pedrinho na partida que decretou sua despedida do torneio. Destaque vascaíno, o jogador sentiu uma contusão na cervical no fim da primeira fase e nem foi para o jogo. Ainda na fase inicial, Mário Tilico foi outro a se contundir, não podendo disputar o restante da competição.
Na semifinal, Pimentel também se machucou, tendo de ser substituído no restante da partida. O problema do jogador foi uma torção no tornozelo.
- Torci o tornozelo em uma jogada corriqueira e acabei tendo que ser substituído. Quando comecei a jogar showbol, achei que seria uma atividade simples, mas não é nada disso.
É um jogo que nos exige muito e, por isso, tenho feito uma preparação específica para as competições - diz Pimentel, antes de detalhar melhor o seu treinamento: - Frequento academia habitualmente umas duas ou três vezes por semana e intensifico um pouco o trabalho quando as competições se aproximam. Aqueles jogadores que estão parados e não se preparam para o showbol sofrem muito quando entram em quadra - completa ele.
Exercícios na cama elástica podem ajudar
Para o ortopedista Ricardo Cury, membro da Sociedade Brasileira de Traumatologia Esportiva e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, exercícios como cama elástica e corridas e caminhadas em terrenos irregulares podem ser fundamentais para evitar lesões em atletas com as características dos jogadores de showbol.
Valber disputou apenas uma partida no Carioca por
conta de uma lesão (Foto: Divulgação)
- Quando estes jogadores não fazem um trabalho de base e não estão com um condicionamento físico adequeado, eles ficam mais suscetíveis a lesões, principalmente musculares, articulares, nos ligamentos dos joelhos e nos meniscos. Um bom trabalho de base ajuda a previnir isso. Esse treinamento tem que estimular a instabilidade física em ambientes seguros, como cama elástica e a corrida em terreno irregular. conta de uma lesão (Foto: Divulgação)
Criando situações como essa, o atleta está mais preparado para enfrentar situações de dificuldade física durante a partida, além de ficar com a reação mais rápida.
Além da parte muscular, os atletas também devem atentar à parte cardiorespiratória, como sugere o coordenador do serviço de cardiologia e da emergência cardiológica do Hospital Balbino (RJ), Ruy de Souza Barbosa Júnior.
Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Hipertensão, ele alerta que ex-jogadores profissionais não estão livres de patologias do sistema cardiovascular.
- O fator de risco sedentarismo, mesmo após anos de atividades físicas ou esportes em alto nível, traz ao sistema cardiovascular consequências como a hipertensão arterial, dislipidemia e aterosclerose - afirma ele, que indica atividades aeróbicas como melhor forma de treinamento cardiovascular.
As atividades aeróbicas são as de maior benefício ao sistema cardiovascular. O atleta deve buscar atividades semelhantes às desenvolvidas durante a sua carreira esportiva, o que contribuirá para a manutenção das atividades físicas do indivíduo.
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