Sete séculos depois da epidemia que dizimou pelo menos 25 milhões de pessoas, 12 esqueletos de vítimas da peste negra foram encontrados em Londres, numa descoberta que arqueólogo acreditam ser somente uma pequena parte de uma vala comum .
Dispostos cuidadosamente em filas e enterrados a 2.5 metros do chão na Charterhouse Square, no centro de Londres, os esqueletos interromperam os trabalhos do "Crossrail", um projeto de construção de novas ligações ferroviárias na capital inglesa. A origem dos esqueletos ainda será confirmada por uma variedade de testes e análises, mas a descoberta poderá ser um importante achado para a compreensão da história britânica do século 14, bem como para esclarecer como é que a praga se reproduziu.
"É uma importante descoberta e no momento temos muitas questões que esperamos ver respondidas. No entanto, neste ponto, a profundidade dos ossos, os materiais neles encontrados e a forma como estavam dispostos apontam para que tenham sido parte de um vala comum do século 14", explicou Jay Carver, o arqueólogo encarregue do projeto ao jornal britânico The Guardian.
Apesar do considerável interesse científico do local, os arqueólogo esclareceram que se limitarão ao perímetro das descobertas. Os corpos serão conservados num museu até pelo menos dois anos, sendo depois novamente enterrados. Especialistas em exumação já estão no local.
A construção do Crossrail, que envolve escavações para estações e túneis no centro de Londres, já "desenterrou" mais tesouros do passado, como um âmbar ou um esqueleto de mamute com cerca de 68 mil anos. A empresa responsável pelo projeto já esclareceu que não há riscos ambientais no local da escavação.
Por: Ernesto Castanha
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