O Brasil inteiro vive a perplexidade da violência, especificamente dos crimes hediondos que estão a estarrecer a sociedade brasileira. Liga-se a televisão e logo vem a notícia de um homicídio, que às vezes é um exemplo a estimular a continuidade desse processo; um criminoso, com a cara mais limpa do mundo, a afrontar todos nós, saindo de um júri ou sendo solto depois de cometer um assassinato. É que a legislação brasileira, inédita no mundo, permite aos criminosos de morte defenderem-se soltos. Por outro lado, sob a alegação da atrocidade que é o nosso sistema prisional, que se constitui em universidade do crime, o bandido condenado a 20 anos de prisão tem a progressão de pena e está solto depois de cumprir três anos.
Há 30 anos no parlamento dou um diagnóstico e prescrevo uma solução para esse problema. Atribuo ao fato da Lei Fleury, justamente aquela que permite o criminoso de morte, repito, defender-se solto. Então mata-se sem ter a consciência de que ao extinguirmos uma vida estamos perdendo a nossa. Justamente os países que têm menor índice de homicídio são os que têm pena de morte e prisão perpétua. Não sou adepto de uma nem de outra, mas não podemos manter essa lei atual brasileira. Temos que fazer com que o criminoso saiba que ao matar ele será preso e durante todo o processo ficará preso e cumprirá sua pena ao ser condenado, totalmente.
Já apresentei vários projetos nesse sentido. Mas a resistência de um grupo de advogados da área criminal e outros que alegam que nossas prisões não cabem mais gente fazem lobby e não têm deixado modificar a legislação atual. Enquanto isso, continua a matança.
E, para as vítimas, somente terem perdido o direito de viver, deixando mães, filhos, famílias no desespero e na miséria. Outro projeto de minha autoria também estabelece a obrigação do Estado de dar assistência às vitimas. Mas, também, está hibernando na Câmara dos Deputados.
Aqui, também, somos atingidos por essa onda de violência. Temos que conscientizar a população do valor da vida e que, quem mata, perde também sua vida, na prisão.
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