O projeto Rússia 2018 começa pela escolha de um novo técnico para a seleção brasileira. E este deve ser eleito na próxima quinta-feira, em coletiva de imprensa comandada pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin.
Nomes não faltam. Alguns arrancam com maior favoritismo, respaldados pelos bons resultados nos últimos anos. Outros, menos badalados, podem aparecer como 'fator surpresa'. Existe ainda a ala estrangeira, com gringos de renome que podem assumir a seleção, fato inédito na história do futebol brasileiro.
Levando em consideração todas as possibilidades, PLACAR levantou os principais favoritos à sucessão de Luiz Felipe Scolari, demitido após a derrota por 3 x 0 para a Holanda.
Tite - Desempregado desde dezembro de 2013, quando foi dispensado pelo Corinthians, Tite é, dos técnicos brasileiros, o favorito a assumir o posto. A moral do gaúcho foi contruída pelos títulos obtidos desde 2011, incluindo uma Libertadores e um Mundial pelo Timão. Nos últimos meses, tornou-se um estudioso do futebol. Rodou a Europa atrás do que há de mais moderno em termos táticos. Reciclado, pode tornar o jogo da seleção brasileira mais coeso e atraente. É bem visto pela cúpula da CBF.
Muricy Ramalho - Em 2010, logo depois da Copa da África do Sul, Muricy esteve perto de ser proclamado técnico da seleção, mas não foi seduzido pelo planejamento traçado pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Meses depois, Muricy ergueria o Brasileirão pelo Fluminense e, em 2011, faturaria a Libertadores pelo Santos. Hoje no São Paulo, Muricy já admitiu que é hora e vez de Tite na seleção, argumento que não parece agradar à Marin e Del Nero.
Abel Braga - Se a CBF pretende dar um choque de realidade na seleção brasileira após o vexame na Copa, Abel Braga é a figura ideal. Temperamental, o técnico gosta de trabalhar com rédea curta. Hoje no Inter, não declinaria ao convite para o cargo de treinador da seleção.
Marcelo Oliveira - 2013 foi o ano de afirmação de Marcelo Oliveira no cenário nacional. No comando do Cruzeiro, fez o time jogar solto, para frente, e levou com folga o Brasileirão daquele ano. O feito o colocou no panteão dos melhores treinadores do País, e isso por si só já o deixa entre os cotados à cadeira de técnico da seleção.
Alexandre Gallo - Treinador da seleção sub-20, Gallo teve a promessa do próprio Marin de que assumiria o time principal logo após a Copa de 2014, independente do resultado no torneio. Sua promoção não será surpresa, mas existe um plano de mantê-lo só até o final deste ano, quando a CBF escolheria um outro nome para o cargo.
Guardiola - A contratação de um estrangeiro encontra forte resistência na CBF, mas, se tivesse que apostar em um gringo, este seria Guardiola. O espanhol, inclusive, teria aguardado uma sondagem da entidade em 2012, assim que Mano Menezes foi destituído, mas o convite não foi oficializado. Nem os altos vencimentos de Guardiola seriam um problema para Marin e seus correligionários, que pagaram cerca de R$ 8,8 milhões anuais para Felipão.
Alejandro Sabella - De saída da seleção argentina, Sabella corre bem por fora. Pesa a favor do treinador o fato de já ter trabalhado no Brasil: como jogador, atuou no Grêmio na década de 80; como treinador, foi assistente de Passarela no Corinthians em 2005. O vice-campeonato mundial coroou um bom trabalho de Sabella à frente do time argentino. O treinador conseguiu arrumar um sistema defensivo fragilizado e fez com que Messi jogasse de forma mais aguda, como nos seus melhores dias de Barcelona.
Assim como fez em 2006, quando quebrou todos os prognósticos e anunciou Dunga, a CBF pode apostar em um fato novo, um técnico totalmente fora da cotação. Nomes como Ney Franco, do Vitória, Cristóvão Borges, do Fluminense, e Zico, atualmente desempregado, se encaixam neste perfil.
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