A confusão já não assusta mais. O Flamengo, que chegou a amargar a lanterna do Brasileirão, trocou a preocupação da queda para Série B pela ambição de conquistar a Copa do Brasil pelo segundo ano consecutivo. Panorama aparentemente tranquilo para o Rubro-Negro encarar os últimos dois meses do ano, mas um impasse criado pela diretoria criou burburinho nos bastidores. E justamente com o principal responsável pela volta por cima. Quase três meses depois de retornar ao clube, Vanderlei Luxemburgo ainda não tem o contrato de duração até dezembro de 2015 assinado por conta de um veto da diretoria aos pedidos colocados na mesa pelo advogado do treinador. Existe um impasse.
Chamado pelo Flamengo para dar jeito em um time que sofria com protestos do torcedor e tinha somente sete pontos em 11 partidas no Brasileirão, Luxa voltou a trabalhar após oito meses longe da beira do campo e teve que enfrentar até mesmo a desconfiança de correntes internas do clube. Inicialmente, o valor da multa rescisória foi responsável pela não assinatura do vínculo com o Rubro-Negro. Diante da postura irredutível da diretoria, o treinador abriu mão desta cláusula e viu o acerto esbarrar em outro ponto: a exigência de cotas de ingressos e camisas por jogo.
O que se passa? Luxa e Fla não chegaram a denominador comum no contrato (Foto: Getty Images)
O trato é comum nos acordos de Vanderlei por onde passa. Diante dos corriqueiros pedidos de familiares e amigos, o treinador prefere estipular um número por contrato para não ter que pedir favores - e já tinha agido assim em suas outras passagens pela Gávea. Ele solicitou 15 ingressos e cinco camisas por partida. Responsável pela condução da negociação, o diretor executivo do clube, Fred Luz, bateu o pé e disse que não aceitaria tal exigência, prolongando o impasse. Desta maneira, Luxa tem trabalhado sem contrato e recebe o salário de R$ 300 mil como pessoa jurídica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário