sábado, 7 de novembro de 2015

José Sarney diz que São Luís “há muito tempo não tem prefeito”

De O Estado
sarneyO ex-senador José Sarney (PMDB-AP) fez ontem, durante encontro com dirigentes e militantes do PMDB maranhense, duras críticas às recentes gestões da Prefeitura de São Luís.
Faltando pouco menos de um ano para as eleições municipais – e com o PMDB ainda conversando com praticamente todas as correntes políticas na capital -, o ex-presidente da República disse que a militância deve permanecer focada em trabalhar como oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB) para garantir sucesso no pleito do ano que vem.
Ele reforçou discurso recente da filha, a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) que também conclamou os aliados a se manterem em postura oposicionista.
Para Sarney “há muito tempo” a capital maranhense não tem prefeito de fato.  “Aqui [em São Luís], há muito tempo nós não temos prefeito. Os prefeitos que temos tido eles não tomaram conta da cidade porque se criou a mentalidade de que quem tem que fazer por São Luís é o Estado”, destacou.
Na avaliação do ex-senador, ele mesmo – e a ex-governadora Roseana Sarney – têm “grande culpa”, porque fizeram governos marcados pela forte presença do Estado, com obras e ações, na cidade.
“Eu acho que tenho grande culpa nisso, porque quando fui governador eu abri essas avenidas todas que tem aí, trouxe a ponte do São Francisco. A cidade de São Luís teve outras perspectivas”, disse.
Continuidade
Ao citar a abertura do Porto do Itaqui, a criação de sistemas de abastecimento d’água e a construção de conjuntos habitacionais, ele afirmou que os governos Roseana Sarney deram continuidade a esse modelo de administração.
“Roseana [Sarney] completou tudo isso da forma como ela tratou São Luís, que vocês viram: com os viadutos, as avenidas que ela abriu. Hoje, as maiores obras de avenida aqui dentro de São Luís são a Quartocentenário e a Via Expressa. Daqui a cinquenta anos ainda vão citar essas avenidas como vetores de oportunidade para o crescimento da cidade”, avaliou.
Expressão
Na conversa com os peemedebistas, Sarney também lamentou o que considerou o fim de um ciclo de expressividade do Maranhão no cenário nacional após a sua saída da vida pública.
 “O Maranhão hoje não tem nenhum ministro de Estado, nenhuma autoridade de grande projeção nacional em qualquer lugar. Desapareceu aquela presença que o estado tinha no Brasil”, declarou.
“O povo nos colocou na oposição”, diz Sarney
Ao comentar a postura do partido em relação ao governo Flávio Dino (PCdoB), o ex-senador José Sarney reforçou o discurso da filha, a ex-governadora Roseana Sarney, de que o PMDB deve permanecer na oposição.
“O fato político importante que houve é que o povo nos colocou na oposição, então nós temos que fazer oposição. Não podemos deixar de fazer oposição. Afrouxar em fazer oposição é não cumprir aquilo que o eleitor nos colocou. Ele não nos colocou para chegar e aderir ao governo, porque ele não vai compreender isso. Nós é que vamos nos acabar”, ressaltou.
O peemedebista reiterou que a postura deve ser de “oposição responsável” e rechaçou a possibilidade de responder a ataques pessoais que tem sofrido por parte de governistas.
“Fazer oposição é isso: é fiscalizar, é mostrar, é dizer, é comparar. Evidentemente que nós não vamos fazer oposição de trocar insultos com as pessoas, nem da parte pessoal”, completou.
O discurso esteve afinado com o de Roseana. Na semana passada, após a reeleição do senador João Alberto para a presidência do Diretório Estadual do PMDB, ela também conclamou a militância da legenda a manter-se na oposição ao governo comunista.
“O PMDB é oposição ao governador Flávio Dino. Nós não podemos ter duas faces. Nós somos oposição ao governo, senão eu não estaria no partido. Somos oposição ao governo Flávio Dino, e por isso mesmo temos de lutar”, disse.

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