Homens e mulheres que consomem a droga têm 20% mais transas que os abstêmios
POR O GLOBO

STANFORD, Califórnia — O consumo da maconha ainda é considerado tabu, e muitos médicos alertam sobre os riscos à saúde, incluindo o impacto da droga sobre o desejo e a performance sexual, mas segundo um grupo de pesquisadores da Universidade Stanford, as evidências mostram que os usuários regulares da cannabis fazem mais sexo.
— O uso frequente da marijuana não parece prejudicar a motivação ou o desempenho sexual — afirmou Michael Eisenberg, professor assistente de urologia em Stanford e coautor do estudo publicado nesta sexta-feira no periódico “Journal of Sexual Medicine”. — Em qualquer caso, está associado com um aumento da frequência do coito.
A pesquisa analisou dados de mais de 50 mil americanos, com idades entre 25 e 45 anos. Eisenberg ressaltou, contudo, que não foi estabelecida uma conexão causal entre o uso da maconha e a atividade sexual, apenas uma constatação estatística.
— A tendência geral é aplicada a pessoas de ambos os sexos e todas as raças, idades, níveis educacionais, religiões, classes de renda, estados de saúde, se eram casados ou solteiros ou se tinham ou não filhos — pontuou o pesquisador. — O uso da maconha é muito comum, mas seu uso em larga escala e associação com a frequência sexual não havias sido estudados de forma científica.
De acordo com o Instituto Nacional sobre Uso de Drogas dos EUA, mais de 20 milhões de americanos adultos são usuários de maconha, e com a legalização para uso medicinal ou recreativo em 29 estados, esses números estão avançando. E a relação da droga com o sexo é ambígua: experimentos relatam disfunção erétil em usuários intensos e a redução na contagem de esperma; por outro lado, pesquisas indicam que a cannabis estimula a atividade em regiões cerebrais envolvidas com o desejo sexual.
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