segunda-feira, 1 de junho de 2020

Antifascistas de SLZ negam intenção de depredar patrimônio

O grupo autodenominado “Frente Antifascista SLZ” emitiu há pouco uma nota para rebater o conteúdo das conversas obtidas pelo blog dando conta de que integrantes planejavam depredar patrimônio privado em São Luís durante protesto.
Apesar de haver, no material divulgado pelo blog, claras menções à utilização de coquetéis molotov, e a ataques a bancos, escola, restaurantes e shopping, o comunicado dos manifestantes diz que em nenhum momento se chegou a cogitar isso.
Mais cedo, a militante Giovanna Soares já havia atribuído essas falas de alguns membros a mera “sátira” (reveja).
Leia abaixo a nota da “Frente Antifascista Slz”
Nesse final de semana, várias pessoas nas redes sociais se juntaram no grupo de whatsapp “Frente antifascista Slz”, reunindo estudantes, professores, advogados, militantes de movimentos sociais como resposta às recentes manifestações do fascismo, especialmente o “300 pelo Brasil”, em frente ao STF.
Todas e todos nós nos unimos por um valor em comum: a defesa da democracia contra as investidas autoritárias do governo federal e seus apoiadores.
Qual não foi nossa surpresa ao ler a postagem “Antifas planejam depredação de bancos, escola e restaurantes em SLZ” no blog do Gilberto Léda.
Em primeiro lugar, não temos qualquer conexão com a o grupo “Antifas”, como afirmado pelo blog. Somos um grupo espontâneo de pessoas que, usando de seus direitos constitucionais de associação e livre expressão, querem se manifestar politicamente em defesa dos direitos humanos, da democracia.
Em segundo, não é verdadeira a afirmação de que o nome apontado pela publicação é o organizador, líder do grupo. Ele é apenas uma das pessoas que ajudam na mobilização do grupo, como tantos outros porque o movimento é horizontal, não tem uma chefia. As ideias foram sendo expostas democraticamente.
Em terceiro, é delirante, fantasioso e, óbvio, puro sensacionalismo qualquer acusação de que o grupo foi organizado com o fim de depredar patrimônio privado. Não se decidiu sequer realizar um ato presencial. Os prints da matéria tomam falas individuais como se fossem diretrizes de atuação do grupo, quando não passam disso: falas individuais. E tal se dá em grupos que reúnem cerca de 500 pessoas, como o próprio blog afirma, fica impossível ter o controle sobre absolutamente tudo o que se fala.
Diferente das carreatas bolsonaristas que perturbam até hospitais, caso fosse decidida a manifestação presencial, foi uma preocupação exposta no grupo por várias pessoas não fazer o ato em determinados locais para garantir o acesso e tranquilidade para hospitais públicos e privados, bem como respeitar as faixas garantindo a circulação de pedestres.
Em último, formou-se um grupo de advogados para pensar justamente em como se fazer uma manifestação política respeitando as medidas sanitárias do governo do estado (distância mínima de 2m de uma pessoa para outra, por exemplo), a própria decisão da Vara de interesses difusos e coletivos sobre manifestações com aglomeração e, ainda, garantindo a saúde dos próprios manifestantes. Que grupo se forma para supostamente depredar patrimônio público se preocupando com respeito à decisão judicial e decreto do governo, não atrapalhar faixa de pedestres e acesso aos hospitais?
No mais, estamos completamente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.
São Luís, 1º de junho de 2020. “Frente antifascista Slz

G Léda 

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