O distinto público já notou que Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão vivem desde o início do mês uma fase de calmaria na relação — talvez a melhor desde que o governo começou.
Esse distensionamento partiu do presidente, num telefonema ao vice na primeira semana de setembro — àquela altura, os dois estavam sem se falar desde que Bolsonaro ficara furioso ao saber pelos jornais de um encontro fora de agenda entre Mourão e Luís Roberto Barroso, ocorrido no fim de agosto.
Bolsonaro, então, ligou e convidou Mourão para uma conversa. Lavaram suas respectivas roupas sujas cara a cara. A partir daí, o vice tem se controlado nas declarações e o capitão passou a convidá-lo para reuniões de governo.
Neste encontro, Bolsonaro aproveitou e pediu ao vice que subisse no carro de som em que ele faria o discurso na Esplanada dos Ministérios na semana seguinte. E no dia 7, lá estava um Mourão de boné enfiado na cabeça, óculos escuros e de camiseta, num figurino escolhido, quem sabe, para tentar passar despercebido. O Globo
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