Após registros da doença Síndrome de Haff (conhecida como doença da urina preta) em outros estados, consumidores do Maranhão têm deixado de comprar peixes com receio do contágio. Autoridades sanitárias dizem que não há nenhum caso suspeito no estado até agora.
A maior parte dos casos está concentrada na região Norte do país, mas ainda assim toda a cadeia produtiva vem sofrendo prejuízos por conta de informações falsas que estão circulando.
“Existem muitas informações sem comprovação científica sendo disseminadas por meio digital, que relaciona a doença ao consumo de pescado, e que também podem prejudicar o setor. Os casos registrados em estados vizinhos acenderam o debate sobre quais espécies poderiam transmitir a doença. Portanto, não há nenhuma publicação científica ou relato da comunidade médica que associe a Síndrome de Haff ao consumo de peixes em criatórios”, explicou o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Sérgio Delmiro.
O debate foi levado à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão. Nesta terça-feira (21), o deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB) levou a preocupação sobre a economia do setor e cobrou união das autoridades para que mais perdas não sejam sentidas e que a propagação da fake news sobre urina preta seja combatida.
Já na Câmara Municipal de São Luís, o vereador Marcial Lima (Podemos) também saiu em defesa de criadores de pescado. Ele pediu que o governador Flávio Dino se posicione, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, além da Prefeitura de São Luís, para que os criadores da capital não sejam prejudicados.
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