Em meio a críticas de apoiadores sobre seu recuo nos ataques às instituições, após a publicação da carta à nação na tarde da quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro voltou a pedir que seus simpatizantes leiam a nota com calma e justificou a publicação do documento como uma espécie de antídoto à alta do dólar.
“O cara não lê a nota e reclama. Leia a nota, duas, três vezes. É bem curtinha, são 10 pequenos itens. Entenda. Se o dólar dispara, influencia o combustível”, afirmou Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (10).
Apesar da reação positiva do mercado à carta do presidente, com o dólar fechando em baixa e a bolsa, em alta, bolsonaristas criticaram o recuo do chefe do Planalto apenas dois dias depois de ameaçar o Supremo Tribunal Federal (STF) nos atos de 7 de setembro.
“Alguns querem imediatismo. Se você namorar e casar em uma semana, vai dar errado o seu casamento”, afirmou Bolsonaro.
De acordo com o ex-presidente da República, Michel Temer, que ajudou na produção do documento, Bolsonaro está convencido de adotar uma postura de diálogo daqui para frente, após o presidente do Supremo, Luiz Fux, alertar ao presidente que sua promessa de descumprir uma ordem judicial configura crime de responsabilidade. No meio político, contudo, ainda há dúvidas se o recuo será perene.
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