Aliados de Jair Bolsonaro têm procurado ministros do STF em busca de um acordo que evite a prisão do ex-presidente, após a provável condenação dele no inquérito do golpe, prevista para setembro.
Os esforços no momento, segundo lideranças bolsonaristas ouvidas pela coluna sob reserva, se concentram na tentativa de convencer o STF a enviar o processo contra o ex-presidente para a primeira instância.
Na avaliação de aliados de Bolsonaro, esse gesto do Supremo acalmaria os ânimos da oposição, mesmo que ele seguisse inelegível — o ex-presidente já está inelegível por causa de condenação em processo eleitoral.
Aliados de Bolsonaro procuram Gilmar
A coluna apurou que parlamentares e lideranças bolsonaristas levaram essa proposta de acordo ao ministro Gilmar Mendes, atual decano do STF, em conversas ao longo da semana passada.
Na segunda-feira (28/7), Gilmar participou de um café da manhã em Brasília com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e com o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
O encontro, revelado inicialmente pela CNN Brasil e confirmado pela coluna, ocorreu na casa do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e contou ainda com a presença do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
No dia seguinte ao encontro, Gilmar recebeu uma ligação do advogado Fabio Wajngarten, que, embora tenha sido demitido da assessoria de Bolsonaro, segue mantendo influência no entorno do ex-presidente,
STF resiste a acordo
O atual decano do Supremo, porém, deu um banho de água fria nos bolsonaristas, ao afirmar não ver chances de a Corte recuar e enviar o processo de Bolsonaro no inquérito do golpe para a primeira instância.
Aliados do ex-presidente da República, contudo, não jogaram a toalha. Sob reserva, eles dizem que voltarão a procurar Gilmar, além de outros ministros, como o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
“O que a gente precisa é evitar a prisão do presidente (Bolsonaro) daqui a 40 dias”, resumiu um aliado. (Metrópoles)
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