A Polícia Civil do Maranhão está à procura do vereador de Timon Luís Carlos da Silva Sá, o Kaká do Frigo Sá (AGIR), apontado como mandante de um homicídio ocorrido em 2023, no município de Matões. A operação é comandada pelo delegado Ivônio Ribeiro. O vereador é alvo de um mandado de prisão expedido pela Justiça, decorrente de investigações sobre um homicídio ocorrido no município de Matões, em 2023, no qual o parlamentar é acusado de ser o mandante. Nesta quarta-feira (13), o filho dele foi preso pela corporação.
Segundo informações do delegado George Marques, titular da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o levantamento da corporação reuniu elementos robustos que indicam a participação de Kaká do Frigo Sá no assassinato. “A vítima já estava sendo ameaçada por ele, pelo vereador, e pelo irmão. A motivação, como o inquérito está em curso, não gostaríamos de comentar agora, mas existem elementos probatórios suficientes que o apontam como mandante do crime”, declarou o delegado.
Embora Kaká do Frigo não tenha sido localizado pela autoridade policial, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão nos endereços ligados ao parlamentar, foi encontrada uma arma de fogo em posse do filho do vereador, que acabou sendo preso por porte ilegal de arma. Ele foi solto após pagar fiança.
O delegado George Marques destacou que o filho do parlamentar não tem envolvimento com o homicídio ocorrido em Matões. “Aparentemente, o filho dele [Kaká do Frigo] não tem envolvimento com a investigação do homicídio; porém, foi preso no momento do cumprimento do mandado de busca e apreensão, pois estava com uma arma”, ressaltou o superintendente.
Até o momento, a ação policial resultou em quatro prisões, entre elas a do fazendeiro Carlos Roberto Pereira, conhecido como Carlos Cigano, apontado como um dos executores do crime.
O indivíduo possui um vasta ficha criminal, e já foi condenado a 73 anos e 10 meses de prisão por ordenar uma chacina na cidade de Nova Araguaína, no estado do Tocantins, ocorrida em 2012. As vítimas eram todas da mesma família. Carlos Cigano já foi candidato a vereador em Matões, no Maranhão.
Além de Carlos Cigano, foi preso em Timon o filho do parlamentar, por porte ilegal de arma de fogo. As outras prisões aconteceram nas cidades de Itinga, e uma no estado do Pará. “Todos eles são autores. Tem a autoria imediata e a mediata, o cara que manda e quem executa. Todos eles são investigados pelo homicídio ocorrido em Matões. O único preso que não está relacionado com esse crime é o filho do vereador, que foi preso por porte ilegal de arma de fogo durante cumprimento de mandado de busca e apreensão”, explicou o superintendente.
O caso
A operação da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), comandada pelo delegado Ivonio Ribeiro, cumpriu seis mandados nesta quarta-feira (13).
As imagens da operação e outros detalhes serão divulgados no Bandeira 2 da TV Difusora.
Quatro suspeitos foram presos e o filho do vereador acabou detido em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Foi liberado após pagar fiança.
Segundo a investigação, a família do vereador tinha ódio do agiota Antônio de Pádua e teria encomendado sua execução. Para o crime, foram contratados pistoleiros do Pará, sendo um PM conhecido como Agenozinho e o matador Francinaldo.
O fazendeiro Carlos Cigano, que já acumulava pena de 74 anos de prisão, foi preso por organizar a logística da morte. Entre os capturados estão ainda o irmão do vereador, apontado como um dos mandantes, além de Agenozinho e Francinaldo, detidos no Pará.
Chacina em Nova Araguaína
Carlos Cigano foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Tocantins por ser o mandante de uma chacina que vitimou quatro pessoal de uma família de ciganos em Nova Araguaína. Rangel da Silva Lima, José Feitosa Pereira, Francisca Marahana Pereira Batista – na época grávida de gêmeros – e Felix Guida dos Santos, foram mortos a mando do fazendeiros.
A chacina teria ocorrido na tentativa de vingar a morte de mais de 24 pessoas, mas acabou vitimando uma família que não tinha nada a ver com a matança.
O vereador Kaká do Frigo Sá continua foragido. Com informações de Judson Carvalho e GP1
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