Uma fala do presidente Lla (PT) durante o 17º Encontro Nacional do PT, realizado no último fim de semana – com um duro e direto pronunciamento sobre a importância da contribuição partidária dos filiados que ocupam cargos no governo – acabou repercutindo fortemente no Maranhão, horas depois de o juiz Márcio Castro Brandão, da 3ª Vara Cível de São Luís, determinar a realização de um segundo turno das eleições internas do Partido dos Trabalhadores no Maranhão (PED 2025), após confirmar a inelegibilidade do atual presidente, Francimar Melo, por inadimplência com a sigla.
Segundo a sentença, Francimar, que atualmente ocupa cargo comissionado na Secretaria de Estado de Articulação Política no Governo do Maranhão, deixou de cumprir obrigações estatutárias do partido ao não contribuir com o percentual obrigatório de 2% sobre seus vencimentos mensais — que ultrapassam R$ 7,7 mil. A omissão resultou em um débito estimado de R$ 5,2 mil junto ao sistema de arrecadação do partido (SACE), o que configura inadimplência e, portanto, causa de inelegibilidade (saiba mais).
Logo após o Blog do Gilberto Léda revelar o teor do despacho, petistas de todo o estado começaram a compartilhar a notícia junto com a declaração de Lula.
“É preciso mudar o nosso comportamento. Tem gente que trabalha no governo e não paga o PT, precisa pagar. Se tiver ministro que não paga o PT e for do PT, é só me dar a relação, Gleide”, disse Lula, se dirigindo à secretária nacional de Finanças, Gleide Andrade.
Para o adversário de Francimar, a declaração reforça o que está previsto no Estatuto do PT: quem ocupa cargos legislativos ou executivos deve contribuir com um percentual do seu salário para o partido, variando entre 2% e 14% da remuneração líquida.
Segundo eles, a ausência de contribuição “não é um mero detalhe: é um enfraquecimento consciente da estrutura partidária”.
E, no caso do Maranhão, pode custar a presidência do partido a Francimar Melo…
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