O ex-prefeito de São Luís Tadeu Palácio fez um comentário no Instagram, neste fim de semana, sobre a importância de respeitar os limites dos mandatos políticos e rejeitar o apego excessivo ao poder. Sem citar nomes, Palácio afirmou que alguns agentes públicos, mesmo após deixarem cargos eletivos, insistem em manter influência e interferência na vida política.
“Há cargos que têm início e fim, definidos pelo voto popular e pelo tempo determinado pela lei. Quem ocupa um cargo político precisa ter consciência de que ali está apenas de passagem, como representante temporário do povo. O problema é que alguns, ao deixarem o posto, não aceitam que o prazo acabou. Querem ainda mandar, ditar ordens, influenciar, como se o poder fosse propriedade pessoal”, declarou.
A fala ocorre em meio ao debate provocado por decisões que evidenciam possível atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que, mesmo afastado oficialmente da política, estaria exercendo influência nos bastidores da sucessão para o governo do Maranhão.
Nesta segunda-feira, 18, uma reportagem do Estadão tratou especificamente do tema.
Embora Palácio não tenha mencionado diretamente Dino, a interpretação de seu comentário é vista por analistas como uma referência indireta ao ex-governador.
Ex-prefeito da capital maranhense por dois mandatos, eleito e reeleito no primeiro turno, Tadeu Palácio ressaltou ter cumprido seu papel e retornado à medicina após concluir sua trajetória na prefeitura. “Cumpri meu tempo e saí de cabeça erguida, deixando meu legado. A democracia não se curva a caprichos pessoais. O cargo passa, o mandato acaba, mas a dignidade só permanece para aqueles que souberam honrar o tempo que lhes foi confiado”, acrescentou.
As declarações ampliam a discussão sobre o peso da influência de ex-gestores e líderes políticos no cenário estadual, em um momento em que alianças e disputas pelo comando do Palácio dos Leões em 2026 começam a se intensificar.
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