A contadora de histórias e produtora cultural Camila Reis se manifestou nas redes sociais sobre o caso da jovem identificada como autora das pichações em casarões tombados no Centro Histórico de São Luís. Em um vídeo publicado nesta sexta-feira (10), Camila afirmou estar evitando polêmicas, mas decidiu comentar o episódio por ocorrer “ao lado de sua casa”, chamando atenção para o estado de abandono da região.
Sem defender o ato de vandalismo, a artista questionou a falta de responsabilização de outros tipos de depredação urbana. “E os vândalos que colam esses papéis por toda cidade? Quando serão responsabilizados?”, indagou, em referência à poluição visual e à degradação cotidiana do centro.
Camila destacou que o problema vai além das pichações e criticou a ausência de políticas públicas efetivas de preservação e revitalização do patrimônio histórico da capital. “A realidade é que o centro está jogado às traças! Não são os pichadores o maior dos problemas, mas sim a falta de políticas públicas reais”, afirmou.
Ela ainda fez um apelo para que o debate sobre o caso não se resuma à condenação individual da pichadora. “Não adianta tacar pedra em uma mulher que estava pichando — um vídeo inclusive antigo — se não está se fazendo sua parte de verdade”, completou.
A fala de Camila surge após a repercussão do depoimento de Juliana Trama, que admitiu ser autora das pichações e declarou que pretende continuar se expressando por meio do que chama de “sua arte”. O caso provocou ampla discussão nas redes sobre os limites entre arte urbana, vandalismo e a preservação do patrimônio histórico de São Luís.
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