
Convocada com ares de pauta-bomba, a coletiva de imprensa de dinistas, realizada nesta quinta-feira, 23, na Assembleia Legislativa frustrou até mesmo entuiastas da causa oposicionista no Maranhão.
Aparentemente, o ato tinha como principal objetivo dar ainda mais força ao discurso de que a criminalidade tem tomado conta do Maranhão, em meio a uma suposta inércia do governo Carlos Brandão (PSB). Mas a forte repercussão dos áudios com pressões contra o gestor acabaram dominando o debate.
O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), principal destinatário da maioria dos questionamento da imprensa, tergiversou demais ao ser questionado sobre pontos cruciais do tema: não respondeu diretamente, por exemplo, pergunta do jornalista Gilberto Léda sobre a contradição do discurso do também deputado Rubens Júnior (PT), que disse na Câmara ter ouvido do ministro do STF Flávio Dino que este não se envolveria em política, mas aparece em áudio dando recados do magistrado com condições para uma pacificação do grupo (saiba mais).
O comunista, basicamente, apenas repetiu que as gravações são “ilegais, imorais e espúrias”, deu a entender que pode ter havido alguma manipulação e reclamou que o governador tem se ocupado de emitir nota sobre o assunto, mas não se posicionou sobre uma possível onde de violência na capital.
Aliás, reclamações contra Brandão foram a tônica a entrevista – uma colha de retalho de insatisfações com o chefe do Executivo.
Reclamaram os dinistas, além da segurança, do não cumprimento de acordos políticos; da influência de Marcus Brandão – irmão do governador – na gestão; de suposta perseguição a prefeitos que ainda têm alguma relação com dinistas ou pessoas próximas a eles…
Um verdadeiro muro das lamentações…
Os dinistas, até hoje tão competentes na art de dominar narrativas, parecem ter perdido a mão.
Ou apenas não conseguem reagir diante da eloquência do conteúdo da gravações que vieram a público nesta semana…
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