
Durante um simpósio realizado em São Luís, nesta segunda-feira (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, comentou sobre a forma como parte da população interpreta a atuação da Corte e ironizou críticas que classificam os ministros como “ditadores”. Segundo ele, há uma distorção no entendimento do papel do STF na defesa da Constituição e dos direitos fundamentais.
“Há quem ache que nós somos ditadores. Porque nós estamos dizendo que a liberdade, como valor fundamental, só se exerce em concordância prática com outros direitos fundamentais. A liberdade tem que ser cotejada com a privacidade, com a dignidade da pessoa humana. Isso é censura?”, questionou o ministro.
Dino também recorreu ao humor para exemplificar o ambiente de polarização política e o modo como algumas famílias reagem a sua atuação no Supremo. “No domingo, tem cunhado, genro, dizendo: ‘oh, minha filha, família tão boa, foi encontrar com o demônio, eu’. ‘Oh, meu filho, tão bem criado pela mãe, e foi pra esse encontro aprender coisas erradas com esse ditador’”, ironizou.
O ministro destacou, ainda, que o STF tem como dever constitucional proteger a democracia e os direitos de todos os cidadãos, reforçando que o debate público não deve se basear em caricaturas ou desinformação sobre o papel da Justiça.
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