Em torno de 89 a.C., na margem direita do Danúbio, os romanos fundaram a cidade de Aquincum, no local que viria a tornar-se Ôbuda (Óbuda, em húngaro, “Velha Buda”; hoje um subúrbio de Budapeste). De 106 d.C. até o século IV, Aquincum foi a capital da província romana da Panônia Inferior. Do outro lado do rio, foi surgindo ao longo do tempo uma povoação que se chamaria Peste (Pest, em húngaro).
Em 1541, Buda e Peste caíram sob domínio otomano e a primeira passou a ser a sede de um paxá turco. A área foi reconquistada pelos Habsburgos em 1686.
Ao longo dos séculos XVIII e XIX, Peste cresceu rapidamente e tornou-se um centro comercial. As três cidades – Ôbuda, Buda e Peste – foram fundidas por decisão do governo revolucionário em 1849, decisão revogada quando a revolução foi reprimida pelos Habsburgos. Com o Compromisso de 1867, que concedeu à Hungria um governo autônomo no seio da Monarquia Austro-Húngara, a fusão foi mais uma vez efetuada (1873), criando a cidade de Budapeste, capital da Hungria. Em 1900, a sua população atingiu 730 000 habitantes; em 1930, um milhão.
Aproximadamente um terço dos 250 000 judeus da cidade pereceu durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial. Budapeste foi muito danificada quando a cidade foi tomada pelo Exército Vermelho.
Os edifícios de fachadas rendilhadas, ricamente ornamentados com detalhes em mosaicos, arabescos, elementos orientais e grandes figuras humanas pretendendo sustentar as fachadas são a primeira das belas e agradáveis surpresas de Budapeste
A arquitetura revela a história da cidade, deixa evidente a influência da ocupação turco-otomana e mostra toques folclóricos, como buquês de flores e pássaros, num típico exercício do nacionalismo húngaro. Outros edifícios relembram, na grandiosidade dos espaços, a nobreza da cidade que um dia dividiu com Viena a sede do Império Austro-Húngaro. Com um jeitão urbano que lembra Paris, Budapeste ganhou o aspecto atual nos anos 1890, quando muitos dos magníficos edifícios foram construídos, na comemoração do seu 1000º aniversário.
Mas tudo isso é pouco, porque a beleza da cidade se espalha por toda parte, ao longo do Danúbio, e de suas belas pontes que unem as duas partes do local: na margem direita, Buda, a colina onde fica o Distrito do Castelo, cheia de história; na esquerda, Pest, a parte plana e mais animada da capital húngara, com muitas lojas, restaurantes, hotéis, teatros e parques.
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