O deputado estadual Adriano Sarney usou uma brincadeira que se faz nos bastidores em relação ao governador Flávio Dino (PCdoB) para comentar o caso do destempero do comunista na reação às críticas do padre Roberto Cordova ao sistema carcerário do Maranhão.
Para Adriando, um padre não poderia criticar “Deus na terra”. Desde que decidiu entrar na política, Dino é classificado por adversários – e mesmo por alguns aliados – como “professor de Deus”.
“Como é que um simples padre pode criticar deus na terra?”, questionou o parlamentar verde ao iniciar seu pronunciamento na Assembleia Legislativa, na manhã de hoje (30).
Ele aconselhou o governador a ter mais humildade e admitir erros. “Flávio Dino não é Deus. Ele, com letras minúsculas, é humano, e todo ser humano erra. Mas a virtude do ser humano é admitir o erro, é pedir perdão. E Flávio Dino precisa se desculpar por ter humilhado, por ter diminuído quem, aí sim, crê no verdadeiro Deus. Flávio Dino humilhou, disse que o padre recebia mensalinhos. Ora, Governador Flávio Dino, o Padre Roberto, trabalha há oito anos em Pedrinhas. Senhor governador, o senhor ao menos já foi a Pedrinhas? O senhor ao menos já passou um dia em Pedrinhas? O senhor ao menos sabe da realidade de Pedrinhas? Não sabe! Mas o Padre Roberto sabe”, completou.
Moção
Também em discurso na AL, a deputada Andrea Murad informou que apresentou um requerimento pedindo a aprovação de uma moção de apoio ao padre atacado por Flávio Dino.
“Estou apresentando aqui nesta Assembleia um pedido de moção, para que essa Assembleia se solidarize com o padre Roberto. É um verdadeiro absurdo o que aconteceu. Dom Belisário da Arquidiocese emitiu uma nota achando um verdadeiro absurdo essa postura do governador. Um governador de Estado não pode jamais ter uma postura descontrolada como essa”, declarou.
O requerimento foi subscrito, ainda em plenário, por Adriano Sarney, que também propôs a realização de uma audiência pública para se debater o atual momento de Pedrinhas.
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