Depois de causar burburinho ao receber um grupo de deputados federais do PL no Ministério da Defesa, o ministro José Múcio disse ao grupo que os temas sobre os quais queriam tratar são da alçada da pasta comandada por Flávio Dino: o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os deputados bolsonaristas procuraram Múcio na intenção de discutir a situação dos presos que participaram, financiaram ou fomentaram os atos terroristas de 8 de janeiro e as limitações impostas pelo governo federal aos CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores).
Filiado ao PSB, Dino tem adotado postura mais crítica que Múcio em relação aos presos no 8 de janeiro e é um dos patrocinadores da política antiarmamentista do governo federal.
O deputado Coronel Meira, do PL de Pernambuco, que solicitou a agenda, disse ter se reunido com um “amigo de longa data” para aconselhamento, em referência ao ministro Múcio, que também é pernambucano. Segundo o parlamentar, a reunião foi avalizada pelo líder do partido na Câmara, Altineu Cortês (RJ), e pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
Questão humanitária
Coronel Meira afirmou que a situação dos presos é uma “questão humanitária”. Questionado se irá seguir a orientação de Múcio e procurar o ministro Flávio Dino, Meira desconversou. “Foi boa a reunião”, se limitou a dizer.
Estavam presentes na agenda os deputados Coronel Meira (PE), Bia Kicis (DF), General Girão (RN) e Delegado Ramagem (RJ) — todos do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ramagem foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão Bolsonaro. Outros deputados que participariam do encontro não chegaram a Brasília a tempo.
O encontro com deputados do PL não constava na agenda oficial do ministro da Defesa até as 19h desta segunda. Procurada, a pasta confirmou a reunião. (Metrópoles)
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