Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União-GO) conversaram ao telefone antes de se encontrarem com o presidente Lula na última quinta-feira (31/10). Foi uma prévia da tensão que envolve a direita e o Planalto em relação à PEC da Segurança, apresentada pelo governo federal aos gestores estaduais.
Durante a conversa, eles reclamaram de não terem recebido, com alguma antecipação, o texto da PEC, reduzindo a chance de debater o assunto com Lula na reunião. O principal ponto de inflexão de Caiado e Tarcísio sobre o plano federal para a Segurança é o uso de câmeras pelos policiais. Eles reclamam de interferência da União em um tema que, argumentam, é de competência dos estados.
No encontro, Caiado chegou a trocar farpas com Lula. “A hora que eu botei regra na penitenciária de Goiás, o crime acabou. Roubava-se dez mil carros por ano em Goiás, não rouba nenhum mais. Não é um escritório do crime mais. A minha proposta é exatamente essa, que esse texto dê aos estados a prerrogativa da legislação penal e penitenciária para nós acabarmos com o crime no país porque, em Goiás, eu acabei com ele”, disse o governador.
O presidente reagiu com ironia: “Eu tive a oportunidade de conhecer hoje o único Estado que não tem problema de segurança, que é o Estado de Goiás. Eu peço ao Ricardo Lewandowski ir lá levantar (os dados), porque deve ser referência para todos os outros governadores. Ao invés de eu chamar uma reunião, era o Caiado que deveria ter chamado uma reunião”.
Caiado é um dos principais cotados para disputar a eleição de 2026 contra Lula. O governador goiano está em seu segundo mandato e apresenta a segurança pública como o carro-chefe de sua gestão. (Metrópoles)
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