Enquanto os eleitores de quase todos os municípios brasileiros foram à urnas duas vezes para eleger prefeitos nos últimos cinco anos, em Bela Vita do Maranhão a cidade pode ter nos próximos meses a quarta eleição.
Na terça-feira, o juiz Alexandre Antônio José de Mesquita cassou o prefeito Adilson da Silva Sousa, o Adilson do Guri, e o seu vice, José Carlos Soares Melo, e determinou a realização de novas eleições para os dois cargos.
A decisão atende a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela oposição que apontou uso da máquina pública para fins eleitorais, com contratações irregulares de servidores temporários em período vedado. Segundo a sentença, a gestão municipal elevou os gastos com pessoal de R$ 6,4 milhões para mais de R$ 14 milhões e chegou a contratar 400 vigias para apenas 19 escolas, o que foi classificou como “intuito claro de cooptar cabos eleitorais às custas do erário”.
Por conta disso o ex-prefeito José Augusto Sousa Veloso Filho foi declarado inelegível multado em R$ 50 mil.
Como a decisão é de primeiro grau, ainda precisa ser confirmada em instâncias superiores para efetivamente surtir efeitos práticos.
Eleição suplementar
Condenado junto com o aliados, o próprio ex-prefeito José Augusto Veloso Filho já havia sido eleito pela primeira vez justamente em um pleito suplementar.
Em janeiro de 2020 ele chegou ao posto depois de a Justiça Eleitoral determinar novas eleições em virtude da cassação dos então prefeito e vice, Orias de Oliveira Mendes (PCdoB) e Vanusa Santos (MDB), eleitos em 2016, também por abuso de poder e conduta vedada (relembre).
Como 2020 já era o ano de novas eleições, o eleitores voltaram às urnas em outubro, e reelegeram José Augusto.
E, agora, se determinada nova votação na cidade, terão que ir às urnas novamente para repetir o procedimentos referentes ao pleito de 2024.
G Léda
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